domingo, 30 de setembro de 2007

Orgasmos... on the edge of the knife...


Um orgasmo, por si só, é bom! Facto comprovado, verdade absoluta e a mais incontestável de todas as verdades. Só que, como tudo o que é bom, acaba-se depressa; um flash que nos faz pensar que, afinal, a condição humana podia ter sido feita mais direccionada para o prazer sexual e, assim, permitir uma maior duração para o orgasmo. Bom, mas pensando bem, estarei a falar mais do sexo masculino pois a mulher é capaz de prodígios de fazer inveja ao homem...:)

Daí que, em alguns casos, o homem utilize artifícios para prolongar o prazer; como se sabe, nem sempre o fim é o mais importante mas sim o caminho para se lá chegar; e eu sou um verdadeiro apologista de tal máxima. Gosto de andar "on the edge of the knife", ou seja, no segundo antes, mesmo naquele segundinho em que se sente que tudo vai explodir, gosto de parar para depois recomeçar... hummmm...maravilha das maravilhas... e assim o tal flash tão curto dilata-se no tempo em variações de intensidades julgadas impossíveis de serem alcançadas...

Só que a condição humana é terrível e insatisfeita por natureza, e quer sempre mais e mais; e assim vai dividindo os segundos em décimos de segundo e então sempre chegando-se um pouco mais à frente; a margem dilui-se sem possibilidades de erro. Verdade que exige um controlo bastante grande e treino mas o esforço e o risco compensam...:)

Não estou a falar de sexo tântrico - pois no seu todo, é um verdeiro tratado com capítulos diversos - mas sem dúvida de que o controlo de que falo é uma área que ocupa um espaço apreciável em tal filosofia.

Mas voltando à margem de erro...é engraçado sentir como reage o corpo, e o nosso cérebro em particular, quando se navega em tais limites... basta uma pequena desconcentração, uma fantasia que nos assalta, uma palavra ao ouvido que se diz ou que se ouve, daquelas que nos fazem "tirar do sério", e perdemo-nos; basta não um décimo mas sim um centésimo de segundo para se sentir, inexplicavelmente, que, dessa vez, there is no turning point at all... e aí, no meio de emoções e pensamentos "em revolta", deixamo-nos ir...loose...completely loose... sabedores, por situações anteriores, que o tentar aguentar não iria resultar.

É incrivelmente complexo e curioso a velocidade com que o cérebro trabalha nesse centésimo de segundo, deixando o computador mais poderoso do mundo a um canto e bem envergonhadito...

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Ruben "Hurricane" Carter


Ruben "Harricane" Carter, afro-americano, nascido em 1937 e ainda vivo, foi um pugilista de pesos médios entre 1961 e 1966. No entanto, tornou-se mais conhecido pela sua luta contra a condenação de prisão perpétua a que foi sujeito pela morte de 3 pessoas em New Jersey.

Dois afro-americanos, em Junho de 1966, entraram num bar e mataram 3 pessoas. Ruben Carter e um amigo, Artis, foram acusados desses crimes. No dia seguinte ao homicídios, foram sujeitos ao teste do polígrafo - embora sendo uma ferramenta não aceite como prova - e a sua inocência foi reconhecida, tendo sido soltos nesse mesmo dia.
Poucos dias depois, testemunhas afirmaram ter visto Ruben Carter e seu amigo assaltando o bar, pelo que foi novamente preso, levado a tribunal e condenado a 3 prisões perpétuas, tantas quantas os assassínios verificados.
Ruben Carter e Artis ficaram presos durante vinte anos, após dois julgamentos e correspondentes recursos. Amigos, que se interessaram por este caso e acreditavam na sua inocência, fizeram suas próprias investigações tendo encontrado novas provas e irregularidades nos julgamentos anteriores, principalmente baseados em descriminação racial.
F
oi então apresentado novo recurso, em 1985, desta vez ao Tribunal Federal, e declarada a sua inocência, assim como a do seu amigo, Artis.
Foi homenageado, posteriormente, com o cinturão de campeão mundial de pesos médios, como reconhecimento pela sua luta pela justiça e liberdade.


Esta é a história verídica que vi num filme no canal Hollywood e que havia passado em Portugal em 2000, chamado "Hurricane", realizado por Norman Jewison, tendo como papel principal Denzel Washington.

Porque falo desta história e filme aqui? Porque me recordei de um post que fiz há algum tempo - Innocense Project - sobre a pena de morte.
Se o que então se passou tivesse sido no estado do Texas (estado que tem o triste recorde de execuções, cêrca de 500, nos últimos anos), de certeza que a condenação teria sido a pena de morte e, muito provavelmente, nunca se teria vindo a apurar a verdade. E mais um inocente teria sido morto, como por certo, tantos o têm sido.

No estado de New Jersey, a pena capital foi reinstaurada desde 1982 mas desde 1976 que ninguém foi executado, principalmente por o Governador do Estado ser contra a pena capital. Existem 13 pessoas no corredor da morte em sucessivos recursos e apelos mas nada está resolvido até ao momento.

Este caso foi de tal forma conhecido que levou Bob Dylan a compôr uma das suas mais conhecidas músicas, Hurricane, dedicado a este caso.


Três grandes pontos a reter:
- Pena de Morte
- Discriminação racial ainda hoje existente nos USA
- Bob Dylan, além de músico, um poeta que recentemente viu os seus poemas a serem introduzidas nas escolas inglesas com elementos de estudo.



Pistol shots ring out in the barroom night
Enter Patty Valentine from the upper hall.
She sees the bartender in a pool of blood,
Cries out, "My God, they've killed them all!"
Here comes the story of the Hurricane,
The man the authorities came to blame
For somethin' that he never done.
Put in a prison cell, but one time he could-a been
The champion of the world.

Three bodies lyin' there does Patty see
And another man named Bello, movin' aroundmysteriously.
"I didn't do it," he says, and he throws up his hands
"I was only robbin' the register, I hope youunderstand.
I saw them leavin'," he says, and he stops
"One of us had better call up the cops."
And so Patty calls the cops
And they arrive on the scene with their red lightsflashin'
In the hot New Jersey night.

Meanwhile, far away in another part of town
Rubin Carter and a couple of friends are drivin'around.
Number one contender for the middleweight crown
Had no idea what kinda shit was about to go down
When a cop pulled him over to the side of the road
Just like the time before and the time before that.
In Paterson that's just the way things go.
If you're black you might as well not show up on thestreet
'Less you wanna draw the heat.

Alfred Bello had a partner and he had a rap for thecops.
Him and Arthur Dexter Bradley were just out prowlin'around
He said, "I saw two men runnin' out, they looked likemiddleweights
They jumped into a white car with out-of-stateplates.
"And Miss Patty Valentine just nodded her head.
Cop said, "Wait a minute, boys, this one's not dead"
So they took him to the infirmary
And though this man could hardly see
They told him that he could identify the guilty men.

Four in the mornin' and they haul Rubin in,
Take him to the hospital and they bring him upstairs.
The wounded man looks up through his one dyin' eye
Says, "Wha'd you bring him in here for? He ain't theguy!"
Yes, here's the story of the Hurricane,
The man the authorities came to blame
For somethin' that he never done.
Put in a prison cell, but one time he could-a been
The champion of the world.

Four months later, the ghettos are in flame,
Rubin's in South America, fightin' for his name
While Arthur Dexter Bradley's still in the robberygame
And the cops are puttin' the screws to him, lookin'for somebody to blame.
"Remember that murder that happened in a bar?"
"Remember you said you saw the getaway car?"
"You think you'd like to play ball with the law?"
"Think it might-a been that fighter that you sawrunnin' that night?"
"Don't forget that you are white."

Arthur Dexter Bradley said, "I'm really not sure."
Cops said, "A poor boy like you could use a break
We got you for the motel job and we're talkin' to yourfriend Bello
Now you don't wanta have to go back to jail, be a nicefellow.
You'll be doin' society a favor.
That sonofabitch is brave and gettin' braver.
We want to put his ass in stir
We want to pin this triple murder on him
He ain't no Gentleman Jim."

Rubin could take a man out with just one punch
But he never did like to talk about it all that much.
It's my work, he'd say, and I do it for pay
And when it's over I'd just as soon go on my way
Up to some paradise
Where the trout streams flow and the air is nice
And ride a horse along a trail.
But then they took him to the jail house
Where they try to turn a man into a mouse.

All of Rubin's cards were marked in advance
The trial was a pig-circus, he never had a chance.
The judge made Rubin's witnesses drunkards from the slums
To the white folks who watched he was a revolutionary bum
And to the black folks he was just a crazy nigger.
No one doubted that he pulled the trigger.
And though they could not produce the gun,
The D.A. said he was the one who did the deed
And the all-white jury agreed.

Rubin Carter was falsely tried.
The crime was murder "one," guess who testified?
Bello and Bradley and they both baldly lied
And the newspapers, they all went along for the ride.
How can the life of such a man
Be in the palm of some fool's hand?
To see him obviously framed
Couldn't help but make me feel ashamed to live in a land
Where justice is a game.

Now all the criminals in their coats and their ties
Are free to drink martinis and watch the sun rise
While Rubin sits like Buddha in a ten-foot cell
An innocent man in a living hell.
That's the story of the Hurricane,
But it won't be over till they clear his name
And give him back the time he's done.
Put in a prison cell, but one time he could-a been
The champion of the world.

domingo, 23 de setembro de 2007

Just lay back and enjoy...

Hoje sentei-me em frente ao teclado e senti vontade escrever sobre tanta coisa... tantos temas que me têm ocupado o meu pensamento e preocupações e que aqui gostaria de registar, para a minha máquina do tempo (meu primeiro post)...

Lembro-me de, por exemplo:
- Ártico e Greenland, um verdadeiro drama ambiental;
- Um reality show nos USA, To Catch a Predator, polémico, que envolve conceitos de justiça popular e provocou uma morte;
- Mourinho e seu percurso profissional, para mim, brilhante, e que tenho acompanhado desde a sua curta passagem pelo Benfica;
- Minha relação com o futebol, actualmente reduzida a questões de coração e mais acentuadamente quando recordo Jorge Perestrelo; o acreditar que a honestidade é possível neste desporto quando vejo a performance do Sporting em termos globais, depois de ter apresentado um lucro recorde de 14,5 milhões de euros, conseguido à custa de formação base;
- Questiono se o sistema político que temos seguido da antiga Grécia será a mais acertada, Democracia, perante os escândalos que temos vindo a assistir - em Portugal e não só - dos políticos, através dos seus actos e explicações dadas segundo suas conveniências; recordo George Orwell e seu livro 1984; sempre a questão da condição humana presente...
- O futuro para Portugal e o relatório Michael Porter, publicado em 1994, recomendando estratégias para o desenvolvimento do nosso país, e esquecido (ou não?) em alguma gaveta ministerial;
- Consequências do excasty+viagra
- O oportunismo do presidente da Ordem dos Advogados, Rogério Alves, ao aceitar defender os McCan;
- Marcel Marceau, o maior mimo de sempre, deixou-nos ontem;
- O problema do Irão que se pode tornar algo extremamente grave;
- A China, em que lhe deram todas as "armas" através de um outsourcing generoso alimentado pela ganância do Ocidente, e que agora está incontrolável;
- Tenho fome de pele;
- Hipocrisia das Sociedades em todos os aspectos que, afinal, acabam por ser o reflexo da complexidade da condição humana.

Tanta coisa que me apetecia falar... mas não, não o vou fazer... hoje prefiro "lay back and enjoy" um bom momento... vou recordar uma bela música de há anos atrás (hoje não de jazz de que entretanto aprendi a gostar)... e nada mais...
Acompanham-me ?

I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While you're far away dreaming
I could spend my life in this sweet surrender
I could stay lost in this moment forever
Every moment spent with you is a moment I treasure

I Don't want to close my eyes
I don't want to fall asleep
Because I miss you baby
And I don't want to miss a thing
Coz even when I dream of you
The sweetest dream will never do
I still miss you baby
And I don't want to miss a thing

Lying close to you feeling your heart beating
And I'm wondering what you're dreaming
Wondering if it's me you're seeing
Then I kiss your eyes
And thank God we're together
I just want to stay with you in this moment forever
Forever and ever

Don't want close my eyes
I don't want fall asleep
Because I miss you baby
And I don't want to miss a thing
Because even when I dream of you
The sweetest dream will never do
I still miss you baby
And I don't want to miss a thing

I don't want to miss one smile
I don't want to miss one kiss
I just want be with you
Right here with you, just like this
I just want hold you close
Feel your heart so close to mine
And just stay here in this moment
For all the rest of time

I Don't want close my eyes
I don't want fall asleep
Because I miss you baby
And I don't want to miss a thing
Because even when I dream of you
The sweetest dream will never do
I still miss you baby
And I don't want to miss a thing

I don't want to close my eyes
I don't want to fall asleep
I don't want to miss a thing

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Porto Sentido...

Porque o meu antepenúltimo post se tratava de uma adivinha mais dedicada às pessoas de Lisboa, desta vez aqui deixo algo dedicado a todos os meus amigos do Porto e Norte em geral... Claro que o Norte não é o Porto não é Norte, assim como Lisboa não é o Centro e Algarve/Faro o Sul mas sabem o que quero dizer...:)





E aqui uma street band de Paris tocando na Rua de Santa Catarina...


domingo, 16 de setembro de 2007

The Long and Winding Road...



Hoje aqui estou em casinha, bem quietinho, depois de ter pensado em sair mas não vou não... apetecia ir ao Rolls, Cascais, a propósito do post anterior.

Estou com a minha cigarrilha, meu whiskey , meus pensamentos... por vezes, também é bom estar só nesta nossa Long and Winding Road, reflectindo...

Penso nas relações que temos nos nossos dia-a-dia... que tanto partilhamos e que tanto isolamos...

Penso que, por muito que possamos gostar de alguém, temos os nossos momentos solitários... aliás, penso que temos muito de bichos solitários...

Lembro-me de que estamos sós nos três momentos mais importantes da vida:

Nascimento
Orgasmo
Morte

Provavelmente, o sentirmo-nos sós ou não no orgasmo, com a nossa mente e corpo passando por sensações tão explosivamente incomparáveis, poderá ser um pouco polémico mas se pensarmos naqueles segundos. não sei não...
Enfim.. e agora vou-me deitar...
Beijinhos a todos...



THE LONG AND WINDING ROAD
THAT LEADS TO YOUR DOOR
WILL NEVER DISAPPEAR
I´VE SEEN THAT ROAD BEFORE
IT ALWAYS LEADS ME HERE
LEAD ME TO YOUR DOOR
THE WILD AND WINDY NIGHT
THAT THE RAIN WASHED AWAY
HAS LEFT A POOL OF TEARS
CRYING FOR THE DAY
WHY LEAVE ME STANDING HERE
LET ME KNOW THE WAY
MANY TIMES I´VE BEEN ALONE
AND MANY TIMES I´VE CRIED
ANYWAY YOU´LL NEVER KNOW
THE MANY WAYS I´VE TRIED
BUT STILL THEY LEAD ME BACK
TO THE LONG WINDING ROAD
YOU LEFT ME STANDING HERE
A LONG LONG TIME AGO
DON´T KEEP ME WAITING HERE
LEAD ME TO YOUR DOOR
BUT STILL THEY LEAD ME BACK
TO THE LONG WINDING ROAD
YOU LEFT ME STANDING HERE
A LONG LONG TIME AGO
DON´T KEEP ME WAITING HERE
LEAD ME TO YOUR DOOR
Notinha: Música composta por Paul McCartney, Beatles, na sua quinta na Escócia, a propósito das tensões já elevadas sentidas no grupo (Beatles), 1970, e que pouco mais tarde conduziriam à sua separação.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Adivinha, relembrando Good Old Times...:)

Há uns anos atrás, já bons, havia uma discoteca em Lisboa que fechava a noite sempre com esta música que aqui deixo, Lou Reed, Goodnight Ladies.
Era, então, a minha segunda casa...:)

Deixo duas dicas: (1) Alguns dos então empregados, incluindo o DJ, estão actualmente a explorar um outro espaço agora remodelado e bastante conhecido, o Rolls, em Cascais (2) Uma fotinha.



Que discoteca era esta? :)
Prémios para quem adivinhar:
Para o sexo feminino: 18 cms de prazer, ou seja, um gelado Rajá
Para o sexo masculino: um carrinho da Dinky Toys

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Jean Gabin - Maintenant Je Sais...



Quand j'étais petit, haut comme trois pomme
Je parlais bien fort... pour être un homme
Je disais: "Je sais, je sais... je sais"
C'était le début, c'était le printemps
Et quand j'ai eu mes dix-huit ans
J'ai dit: "Je sais... ça y est, cette fois, je sais"

Et aujourd'hui, des jours, je me retourne
Je regarde la terre, où j'ai quand même fait les cent pas
Et je sais toujours pas comment elle tourne
Vers vingt-cinq ans, je savais tout
L'amour, les roses, la vie, les sous
Ben oui! L'amour... j'en avais fait tout le tour
Mais heureusement, comme les copains
J'avais pas mangé tout mon pain
Au milieu de ma vie... J'ai encore appris

Ce que j'ai appris?... ça tient en trois-quatre mots
Le jour où quelqu'un vous aime... il fait très beau
Je peux pas mieux dire... il fait très beau

C'est encore ce qui m'étonne dans la vie
Moi qui suis à l'automne de ma vie
On oublie tant de soirs de tristesse
Mais jamais un matin de tendresse

Toute ma jeunesse, j'ai voulu dire: "Je sais"
Seulement, plus je cherchais et puis moins je savais
Y'a cinquante coups qui ont sonnés à l'horloge
Je suis encore à ma fenêtre, je regarde et je m'interroge
Maintenant, je sais... Je sais qu'on ne sait jamais

La vie, l'amour, l'argent, les amis et les roses
On ne sait jamais le bruit, ni la couleur des choses
C'est tout ce que je sais... mais ça je le sais!

Jean Gabin - 1974

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Amor...por mereceres mais...reinventa-te...

Tão maltratado que o Amor tem vindo a ser... onde estão os grandes filmes de amor ao ponto da União Europeia ser obrigada a divulgar vídeos de incentivo à produção destes filmes, um deles (o segundo destes dois) que muitos de nós já viram e que nos deixou, de alguma forma, incrédulos, não pelo vídeo em si mas por ter sido produzido pela EU. E a pensar que éramos, neste chamado velho continente, muito conservadores...:)







Para mim a terceira força mais poderosa deste nosso planeta ao nível da condição humana, logo a seguir ao Sexo e Paixão (será que estou a dizer alguma blasfémia?), o Amor, tem andado arredado do nosso quotidiano, deitado ao lixo pela sociedade que nos bombardeia com todo o tipo de sentimentos que não esse. Porquê ? Talvez porque possa transmitir uma imagem de fragilidade, de fraqueza, de um dar a outra face, não compatíveis com um mundo em que a competição e o salve-se quem puder são dominantes.
A actual ausência dos grandes filmes de amor - estou a lembrar-me de Casablanca, por exemplo - a publicidade, os jogos multimédia sempre à volta da violência, as notícias com as desgraças diárias que têm mais ou menos impacto consoando o grau de horror, tudo isto tem conduzido a que a palavra amor passe a pertencer à classe de palavras menos utilizadas no nosso dia-a-dia.
Uma palavra que nos mete medo? Sim, verdade... são tantas as vezes que fugimos dela como o diabo foge da cruz mas o que fazer? É como o Homem e a Mulher: não passam um sem o outro. Um mal necessário? É capaz de ser sim mas é tão bom...:)
O que estará mal então? Possivelmente o Amor terá que ser redimensionado e encarado de forma diferente em face da evolução que o mundo tem tido através de todo o tipo de solicitações ao nosso alcance, sexo fácil, grande interacção entre as pessoas mesmo quando estamos em nossas casas no fim de cada dia à distância de um teclado; numa palavra: uma oferta esmagadora!
Talvez tenhamos que ter mais presente a ideia de que ninguém é de ninguém mesmo quando se ama alguém, como diz o João Pedro Pais... talvez assim sendo a mentira e omissão deixem de estar tão presentes e a partilha de sentimentos se torne infinitamente mais fácil...
Por uma questão de cultura e educação, sempre tive grande dificuldade em exteriorizar verbalmente o que sente o meu coração; normalmente ou mesmo sempre, prefiro-o fazer através de actos ou afins, lembrando-me da máxima "palavras levam-nas o vento", mas verdade que também é bom ouvir... as tais palavras... um "amo-te", por exemplo... e se gostamos de ouvir, também "temos" que dizer...
Sempre me senti muito ligado a um poema de Fernando Pessoa que acho lindo...
O amor, quando se revela...
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...


Para terminar... I've been working on it, really hard... cada dia que passa vai-me sendo mais fácil soltar, por palavras, todo o Amor que tenho dentro de mim...

Free Hugs no Porto...




Notinha: acho que nunca tinha feito um post assim tão "mariquinhas"...:)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Pompoarismo em Lisboa - Ginástica Vaginal

Ainda digeria os posts da Anani sobre o tema de ginástica vaginal e lembrava a bela experiência que tenho tido com o resultado de tal ginástica quando me deparei com uma notícia que dizia ter aberto em Lisboa, recentemente, um local dedicado a estas coisas e não só, de nome Gine-Espaço, na Rua Saraiva de Carvalho, Campo de Ourique, Lisboa. Por ser tão discreto, não tem a porta aberta e onde, além de sex-shop, tem consultas de psicologia e sexologia e, claro, aulas de ginástica vaginal, Pompoarismo. Ah ! E é interdito a homens!
O pompoar ou pompoir é uma técnica de desenvolvimento da musculatura vaginal para aumentar o orgasmo feminino e o prazer do parceiro, origem milenar com origem na Ìndia.
Com o auxílio de pequenas bolas, estimula a líbido e reforça os músculos circunvaginais que, com o passar dos anos e após partos, vão perdendo a elasticidade.
O primeiro curso tem início em 13 deste mês e já está esgotado e conta com a inscrição de mulheres de todas as idades; o custo de €180 inclui de quatro a seis aulas que se prolongam por 3 meses. As aulas teóricas são dadas em local reservado, preservando a intimidade, pelo que é anunciado por uma das proprietárias.
Não sei o número da porta ou de telefone mas será fácil encontrar, caso exista interesse (Gine-Espaço).
Meninas, vamos declarar guerra e o fim ao sexo monótono: Todas ao curso, já! :) especialmente para aquelas que têm parceiro ou parceiros com sexo volumoso e duro pois, nesses casos, a dificuldade de aperto aumenta consideravelmente...
2 curiosidades:
- 60 % das clientes das sex shops portuguesas são mulheres, segundo o estudo 'O Que as Mulheres Querem', divulgado em 2006;
- 24 % das mulheres portuguesas com idades compreendidas entre os 24 e os 35 anos dizem que já foram infiéis aos seus parceiros por razões meramente sexuais.